Hoje, o mercado livre de energia está acessível principalmente para grandes consumidores, como indústrias, redes varejistas e empresas de
médio e grande porte. Para se qualificar, é necessário atender a critérios específicos:
Consumo mínimo de 500 kW: Empresas que demandam pelo menos 500 kW por mês podem migrar para o mercado livre. Esse consumo
equivale a uma fatura mensal média de cerca de R$ 40.000.
Agrupamento de unidades: Negócios com múltiplas unidades conectadas em alta tensão (AT) sob o mesmo CNPJ podem somar os consumos
para atingir o mínimo exigido, desde que estejam localizadas no mesmo submercado.
Conexão em alta tensão: Clientes conectados em alta tensão têm prioridade para migração, especialmente após a publicação da Portaria 50/
GM/MME, que, desde janeiro de 2024, ampliou o acesso para todos os consumidores nessa categoria, independentemente da demanda
contratada.
Além disso, há opções para pequenas e médias empresas por meio de soluções como a agregação de cargas em condomínios e parcerias estratégicas. Isso permite que
negócios menores também se beneficiem de preços competitivos e energia renovável.
Por que é importante participar do mercado livre de energia?
Adotar o mercado livre de energia vai além da economia financeira. Ele oferece oportunidades estratégicas que fortalecem empresas e promovem avanços no setor
energético.
Redução de custos: Com a liberdade de negociar contratos, empresas podem obter tarifas mais competitivas, ajustando o fornecimento às suas necessidades específicas,
como sazonalidade ou horários de pico.
Planejamento financeiro: Diferente do modelo regulado, o mercado livre elimina surpresas como as bandeiras tarifárias, pois os custos são definidos em contratos
bilaterais claros e negociados diretamente com o fornecedor.
Sustentabilidade: Empresas podem optar por energia de fontes renováveis, como solar, eólica ou biomassa, alinhando-se às metas de redução de carbono e contribuindo
para práticas ambientais responsáveis.
Autonomia: No mercado livre, os consumidores têm o poder de decisão sobre o fornecedor e o momento ideal para contratar, permitindo maior controle sobre o consumo
energético.
Flexibilidade para negócios sazonais: Empresas podem ajustar a contratação de energia conforme a demanda, como aumentar o fornecimento em períodos quentes,
reduzindo custos operacionais.
Exemplos de sucesso no mercado livre de energia
Vários negócios de diferentes segmentos já experimentam os benefícios do mercado livre de energia:
Rede de restaurantes La Mole: No Rio de Janeiro, a rede economizou cerca de R$ 2 milhões ao migrar para o mercado livre, utilizando energia
100% renovável e gerenciando seus custos com medidores inteligentes.
Condomínio Parque Cidade Jardim: Em São Paulo, o condomínio adotou energia renovável e projetou uma economia de R$ 2 milhões em oito
anos, sem necessidade de investimento inicial.
Heineken: A cervejaria firmou contrato para utilizar energia renovável em 23 unidades pelo Brasil, evitando a emissão de 85 toneladas de
carbono.
A adesão ao mercado livre de energia não é apenas uma escolha financeira, mas uma estratégia de sustentabilidade e inovação. Para negócios
de qualquer porte, o futuro está na liberdade de decidir como consumir energia e contribuir para um mundo mais sustentável.